Petrópolis - Museu Imperial - RJ

Em pé: Anderson, Renan, Catarina, Flávia, Danielle, Tábata, Kiendra, Calline, Anne, Larissa, Profª Viviane,  Francesca, Sentados: Grabiel, Glécia, Prof. Emerson, Daniele, Kevelyn, Isis, Amanda e nossa vice-diretora Solange


Petrópolis é uma cidade com 320 mil habitantes, descoberta pela família imperial 16 de março de 1843 foi descoberta pela família imperial.

Entrada de Petrópolis - RJ
Petrópolis tem 171 anos e essa cidade foi nomeada em uma homenagem a Dom Pedro II; Petrópolis- "Petro" em Latin significa "Pedro". "Polis" em Grego quer significa "Cidade”,  significa "Cidade de Pedro" Homenagem ao Imperador Dom Pedro II.  Ainda sobre a tradição dos costumes daquela época, era comum se casar-se muito nova, com nove ou dez anos e os casamentos eram como contratos feitos sob conveniência e muitas vezes não se conhecia o marido somente após o casamento. 


 Também era comum que as meninas com menos de 18 anos se casasse com homens de 50 anos. A Princesa Isabel e sua irmã iam se casar no mesmo dia (Princesa Isabel com Duque de Saques e Leopoldina com Conde D'Eu), porém quando os conheceram, nas vésperas do casamento, uma gostou do noivo da outra e na primeira oportunidade, antes da cerimônia, trocaram de noivos. Sendo assim, Princesa Isabel se casou com Conde D'Eu e a Princesa Leopoldina com Duque de Saques.

            Dizem que uma das maiores decepções de Dom Pedro II foi quando se casou, pois ele não conhecia pessoalmente sua prometida, então pediu uma pintura de sua futura esposa para um diplomata (que era quem iria escolher uma moça ao nível do Imperador), não se sabe se foi de propósito, mas a pintura que o diplomata trouxe, não retratava fielmente a verdadeira Maria Teresa; na pintura ela era linda e pessoalmente era totalmente o contrário: gorda, baixa e com buço, mas Dom Pedro II não pode fazer nada, pois já estavam casados.

       Como eles descobriram Petrópolis?

            Petrópolis era a passagem do caminho novo ligando Rio de Janeiro a Minas Gerais onde existe hoje o bairro de Corrêas, que era também na época uma fazenda que servia de parada para os viajantes, conta-se que Dom Pedro I parou por lá, para descansar, pois o período de viagem do Rio de Janeiro até Minas Gerais era de 12 a 15 dias e nessa parada Dom Pedro I se encantou com o clima, que lembrava muito ao clima da Europa, fora que ele tinha uma filha chamada Paula, e a temperatura do Rio de Janeiro não era favorável a sua saúde motivo pelo qual seu médico lhe recomendou que procurassem um local de clima mais ameno. Pensando nisso, ele decidiu comprar uma fazenda por lá e essa fazenda se chamava "córrego seco", porém um ano após a compra ele voltou a Portugal, deixando tudo para trás, e o local ficou esquecido por todos.
casa da princesa Isabel em Petrópolis - RJ

 
Com a morte de Dom Pedro I, seu filho (Dom Pedro II) quando completou a maioridade, foi lembrado dessa fazenda que ele havia herdado do pai, quando ele foi ver onde era, também se encantou com o local e com o clima de lá.
 Dom Pedro II gostou tanto de Petrópolis, que criou lá o Palácio de Verão (hoje conhecido como Museu Imperial) e a colônia agrícola.

         


Uma curiosidade sobre essa época é que quando uma criança nascia, era usado como método para a escolha do nome, a homenagem aos descendentes, sendo assim, eles colocavam na criança o nome do pai, mãe, avó, avô, bisavó, bisavô etc..
Como exemplo disso, temos a Princesa Isabel. Muitas pessoas pensam que o nome dela era apenas Isabel, mas se engana quem pensa isso, pois o nome todo da Princesa era “Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança Bourbon”.
           
                Achou muito grande?Eis aqui o nome todo do pai dela “Pedro Francisco João Carlos Leopoldo Leocádio Miguel Gabriel Rafael Pascual Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon”.


Os habitantes que ali vivem ganham seu sustento com indústrias de tecido e vestuário, além do turismo e a agricultura.

Foto: Família Imperial um dia antes de serem exilados 
Era a cidade onde a família do segundo império vinha veranear, pelo fato de ser D. Pedro II, caso fosse D. Pedro I seria chamado de primeiro império. D. Pedro II e sua esposa Teresa Cristina mais suas duas filhas Leopoldina e Isabel, vinham veranear seis meses na casa em Petrópolis do segundo império e seis meses na casa do Rio de Janeiro, que fica na quinta da boa vista.

A família ia para Petrópolis para fugir do calor do Rio de Janeiro, onde o calor era de 40 graus e em Petrópolis não passava dos 25 graus por ser uma região serrana.

A residência de verão da família é hoje o Museu Imperial. A casa começou a ser construída em 1845, demorou 17 anos para ser concluída, nela há 44 cômodos onde estão conservados todos os moveis e utensílios usados pela família.


Hoje do Rio de Janeiro para Petrópolis de ônibus leva aproximadamente de uma hora e meia a duas horas devido aos 23 km de Serra. No período Imperial demorava aproximadamente três dias devido ao meio de transporte, que era carruagem e os cavalos não aguentavam e por isso paravam em algumas pousadas para descansar e trocar de cavalos.

 Locomotiva  e as carruagens da época 

Nossa visita guiada foi para o Museu Imperial onde tivemos o prazer de conhecer a casa em que D. Pedro II e sua família passam as férias.
Começamos pelos cômodos de cima onde ficam os quartos. O primeiro foi o quarto da princesa Isabel, onde não podíamos ver muita coisa, pois estava se passando por reformas, era uma cama sob medida para a princesa, que com o passar do tempo ia mudando.


 O quarto de D. Pedro e Teresa Cristina tinha uma decoração no teto com as inicias de seus nomes “PT”, essas letras e decorações tinham como função de identificar se o espaço  era sala ou quarto.

Na sala seguinte havia um cobre que D. Pedro II ganhou de seu neto Augusto, filho de Leopoldina, ao lado havia o berço de gesso e folheado a ouro. Neles havia um dragão simbolizando a força e poder da família e esse dragão há em varias partes da casa.

Berço folheado a ouro e os quartos dos imperadores e da princesa Isabel

Em seguida vem o quarto de privacidade onde era utilizado para fazer necessidades e tomar banho, nesse local só havia uma pequena janela, só tomavam banho de três em três dias, pois achavam que iam tirar a proteção da pele e morreriam mais cedo. Cada um tinha uma cadeira que servia para fazer fezes, nela havia um buraco no centro e um penico logo embaixo para que fosse removido e os escravos jogassem bem longe da moradia real. Na época não havia papel para se limparem então usavam panos úmidos e que eram lavados pelos escravos.

D. Pedro não tinha trono nessa casa porque não ia para trabalhar e sim descansar, mas depois de seu falecimento foi retirado da casa na quinta da boa vista que tinha no Rio de Janeiro e doado para o museu onde fica exposto em uma sala.

Primeiro telefone, o gabinete do imperador e seu trono
O trono é feito do mesmo material do berço de ouro, era de gesso, folheado a ouro e madeira. 
Na casa quem tinha a sala mais importante era D. Pedro II, no qual ele levava as pessoas importantes que eram os políticos nela para resolver assuntos.

           O gabinete de estudo do imperador era a sala que ele mais gostava e onde ficava mais tempo, nela tinha uma escada caracol e estreita que impedia das mulheres da casa descerem para incomodá-los, já que esta foi projetada propositalmente para que elas não conseguissem passar, por causa de seus vestidos longos e cheios. 
O primeiro telefone vermelho se encontra no museu imperial, o qual o imperador trouxe de uma viagem que fez a Filadélfia.


D. Pedro II

D. Pedro teve sua imagem pintada um ano antes de sua morte com 65 anos, morreu com 66 anos. A casa foi doada para duas escolas, uma feminina e ou masculina após a família ir para o exílio

Dom Pedro II foi imperador aos 49 anos. Usava uma roupa dourada e bordada com penas de tucanos. Essa roupa era usada somente duas vezes ao ano, na abertura das assembleias dia 3 de março e em outubro no seu fechamento em que  fazia um discurso “a fala do povo”.

No andar debaixo estão algumas exposições e joias que foram doadas para o Museu Imperial.
Há um cofre doado da Dona Francisca irmã do D. Pedro II, que ganhou de presente em seu casamento do rei da França, pai do seu marido o príncipe de Joinville, que era  utilizado na época para guardar joias e documentos importantes.

As louças da família usados no dia a dia eram chamadas de serviços. Cada serviço tinha uma marca para identificar de quem era cada prato. Exemplo o prato de D. Pedro II, era vermelho e com as iniciais de seu nome.
Cofre doado de Dona Francisca e exposição de chapéus da época

José Bonifácio foi tutor e o responsável por D. Pedro II quando foi embora para Portugal.

Paulo Barbosa teve um lugar na casa reservado por ser o mordomo, era conselheiro e amigo do imperador e o ajudou a dar nome da cidade “Petrópolis”.
Na casa estão expostos vários chapéus que D. Pedro II e sua família usavam.

Pintura da princesa Isabel assinando a regência 

Na casa há um quadro pintado do dia em que a princesa Isabel assinou a regência, no qual assumia todas as responsabilidades enquanto seu pai estava fora

Em uma sala separada havia uma cópia do certificado da lei áurea, assinado pela princesa Isabel, o seu leque e outros objetos usados para castigar os escravos.



         Na sala de visitas há uma decoração rosada, cadeiras de jacarandá, com sofás de flores onde Teresa Cristina recebia suas amigas para conversa e bordar.

D. Pedro também tinha uma sala assim que se chamava de sala de diplomatas, onde recebia amigos pra conversar e fumar. Costumavam sempre mascar folha de fumo e cuspir na escarradeira, o que era para eles algo elegante. Também era usado de como uma forma de fazer higiene bucal, por não escovarem os dentes. Notamos isso em quadro que nunca aparecem sorrindo.


Sala das imperatrizes, sala dos diplomatas e sala de jantar

Tinha uma sala de jantar que só era utilizada em ocasiões especiais. A família costumava acordar 5 horas da manhã, almoçavam às 9 horas e jantavam às 16 horas da tarde. Era de costume dormirem cedo, a partir das 19 horas, pois não havia eletricidade.

A sala de jantar tem seu teto decorado com frutas para identificar que ali eram feitas as refeições, os talheres eram de prata, os pratos de porcelana e os copos e jarras de cristais.


Sala de música onde Teresa Cristina tocava seu piano
Teresa Cristina tinha sua sala de piano, onde só ela tocava e cantava. Nela haviam várias cadeiras com e sem braços e mais dois tipos de piano e uma harpa. As cadeiras sem braço eram para as moça, pois vestiam vertidos grandes e cheios. Nas paredes haviam quadros no qual os homens sempre ficavam em pé e as mulheres sentadas, para disfarçar a diferença de altura entre eles.

Os leques que as mulheres usavam eram para abanar e “paquerar”, havia mais de 98 formas de “linguagem”, vejam alguns exemplos:

·         Leque colocado próximo ao coração: "você me conquistou..."
·         Leque fechado tocando o olho direito: "quando poderemos nos ver?"
·         Movimentos ameaçadores com o leque fechado: "não seja imprudente!"
·         Leque meio aberto pressionando os lábios: "você pode me beijar..."


5 comentários:

  1. Belo documentário, sobre a família imperial, parabéns a todos.

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  2. Muito bom o documentário foi uma viagem ao passado.

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  3. Devemos preservar. Parte da nossa história

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  4. Maravilhoso. Acabamos voltar de Petrópolis. Fiquei encantada.

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  5. Gostei! Fiquei impressionada com as informações minuciosas do cotidiano da família real! rs

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