Centro Histórico - Paraty/RJ

História de Paraty - RJ




Paraty foi considerada Patrimônio Estadual em 1945 e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1958 e finalmente convertido em Monumento Nacional em 1966.




Nesta página iremos passar informações sobre o centro histórico de Paraty segundo transcrições feita a partir de  nossa  experiência,  esperamos   que vocês gostem!  

            Segundo o guia Oscar, a cidade de Paraty esteve ligada a uma importante época no cenário histórico brasileiro, devido sua posição estratégica tornou-se o segundo maior porto do país, pois por ali era escoado o ouro que saia de Minas Gerais para Portugal. Uma cidadezinha assentada entre o mar e as montanhas e cercada por uma reserva da mata atlântica, esta que hoje é secundária devido ao período de decadência quando da abertura de um novo caminho - desta vez ferroviário - entre Rio e São Paulo, através do Vale do Paraíba.

Vejamos um breve resumo da história desta encantadora cidade
Os Bandeirantes
 No século XVII quando os bandeirantes (mistura de índios com portugueses), depois de muita procura, descobrem ouro em Vila Rica (hoje Ouro Preto)  e Diamantina, ambas em Minas Gerais; o rei D. João V manda fazer a Estrada Real, de mão dupla, que ligava Paraty com povoados e vilas, passando por regiões de ouro e diamante. Essa estrada tinha antigamente 1500 km, demorava-se em média 90 dias ou 3 meses para chegar em Diamantina e o mesmo tempo para voltar, enfrentando os inimigos e degradados que vieram da Europa para iniciar a colonização. O que nos levou a identificar essa como a segunda fase de Paraty.
Com o fim do ciclo do ouro a cidade se manteve graças a produção da cachaça, considerada uma das melhores do país.
No século XIX a economia de Paraty revigorou-se com as plantações de café e depois declinou-se novamente. O Vale do Paraíba era a mais importante e principal região produtora de café, e a Paraty era o porto mais próximo para embarque das sacas de café que seguiriam para a Europa.
O ciclo econômico do café fez com que a Vila de Paraty passasse a ter grande movimento, talvez até nunca visto antes. A vinda da Família Real Portuguesa juntamente com toda a corte para o Brasil em 1808 também beneficiou a economia de Paraty, pois aumentou a demanda de bens de consumo.
Mas, em 1870 chegam  as rodovias no Brasil por onde se transportava o dinheiro, em Guaratinguetá são construídas duas linhas de trem a São Paulo Railway ou rodovia Pedro II, que vão unir o vale do Paraíba Carioca até o porto do Rio e o vale do Paraíba Paulista até Santos. Com essa ferrovia começa o período de decadência que duram 103 anos, pois não chegam os navios para pegar a carga e  nem homens, se não há homens não há consumo, se não há consumo não há economia, Paraty torna-se uma cidade fantasma.
No século XX , no final dos anos 70, Paraty recebe um novo impulso. Como nas fases anteriores de "ocupação", no ouro ou no café, um novo ciclo veio dominar e explorar a cidade: o turismo, potencializado no seu conjunto paisagístico, arquitetônico, nas áreas florestadas, nas 65 ilhas e nas mais de 300 praias da região.

Em nosso City tour nosso guia Oscar nos contou algumas curiosidades sobre aspectos arquitetônicos, culturais, políticos e comportamentais.


Paraty era uma cidade muito insalubre, suja, porca e doente porque não havia banheiro, fezes e urinas ficavam expostas pelas ruas. A cidade só era limpa na subida da maré e em noites de lua cheia, por isso Paraty é chamada de Veneza brasileira. Hoje em dia até mesmo na lua cheia a água não inunda mais a cidade, pois a água só vai até o primeiro quarteirão da cidade por causa do saneamento básico.


  As casas que tinham figuras geométricas eram casas de maçons, eles tinham muito dinheiro por isso construíam o segundo andar de suas casas que servia como uma torre de vigia. O abacaxi nas casas dos maçons significava que quem as habitavam eram de origem nobre ou tornou-se, o abacaxi não é um sinal de maçonaria mais de nobreza pois ele é amarelo como o ouro, coroa como o rei que significava boa sorte, prosperidade e hospitalidade, as trombetas embaixo de suas sacadas eram usadas para drenar a água e para mostrar que estavam louvando a Deus.  


Tem -se certeza que, no século XVIII as portas e janelas da maioria das casas de Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul-hortênsia da Maçonaria Simbólica. Paraty foi urbanizada por Maçons.
Um toque de misticismo e esoterismo também se mistura à história desta cidade. Documentos comprovam que o primeiro padroeiro de Paraty foi São Roque, um santo místico esotérico, que percorreu como peregrino o caminho de San Tmisticismhiago de Compostela. De certo modo, talvez isso explique o motivo da presença maçônica em Paraty.



As grandes portas vermelhas encontradas em Paraty são onde guardam as imagens e pinturas religiosas da via-crúcis, essas portas só são abertas na sexta-feira santa.


Azul e branco: símbolo dos maçons
Segundo pesquisas baseadas em documentos e nos indícios de simbologia maçônica encontrada nas ruas e nos sobrados mais antigos, a Maçonaria se instalou aqui no início do século XVIII. Nesta época, a cidade já possuía um arruador, que era a pessoa encarregada de organizar as construções das ruas, das casas, das praças. Esse arruador, que chamava-se Antônio Fernandes da Silva, foi o responsável pelo traçado "torto" das ruas e desencontrado das esquinas, sobre os quais há muitas explicações.
Pilares de pedra lavrada que formam o
triângulo maçônico
Segundo ele próprio, esse traçado foi feito para evitar o vento encanado nas casas e distribuir equitativamente o sol nas residências. Outro sinal da presença maçônica são três pilares (cunhais) de pedra lavrada, encontradas em algumas esquinas, que, segundo diz o povo, foram colocados para formar o triângulo maçônico. Talvez isso explique as ruas "entortadas"  do arruador

.

As colunas das ruas de Paraty formam um pórtico, uma à direita e outra à esquerda da porta de entrada das casas, ou seja, a mesma função de informar ao visitante que ali mora um maçom, que certamente daria todo o apoio necessário.
Através dessa simbologia, o iniciado poderia até saber o grau do maçom de cada residência.
Mas a simbologia está muito mais presente em Paraty do que podemos imaginar. Outro exemplo típico é a proporção dos vãos entre as janelas, em que o segundo espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos dois anteriores; isto é, A+B=C, ou seja, a soma das partes é igual ao todo, que se resume no triângulo áureo de concepção maçônica.
Até as plantas das casas feitas na escala 1:33.33, têm a marca da simbologia dos maçons, desta vez da Ordem Filosófica, cujo grau máximo é o de nº 33. Este número é uma referência muito forte.
Paraty possui 33 quarterões e, na administração municipal da época, existia o cargo de Fiscal de Quarteirão, exercido por 33 fiscais.
grupo no centro histórico


           A cidade foi planejada para ser um labirinto, as casas eram parecidas umas com as outras, com as mesmas cores (paredes brancas e porta-janelas azul). As ruas começavam largas e se estreitavam sempre fazendo curvas, com descidas em direção ao mar, isso tinha duas funções: para que as fezes e urina pudessem escorrer em direção ao mar, e para que a maré pudesse entrar na cidade.      
Igreja Nossa Senhora do Rosário
  As quatro igrejas de Paraty são voltadas com as portas para o leste, pois é onde o sol nasce e onde se localiza Jerusalém, e são todas católicas e cada uma das igrejas tem um grupo social. Como por exemplo a igreja Rosário de São Benedito,construída em 1725, frequentada pelos negros, a sua localização é desprivilegiada pois está distante do alcance das água que inundavam a cidade para a sua higienização, ou seja, por ser uma igreja de escravos não precisava ser limpa.


Oratório Cruz das Almas


Situado no Morro do Forte, foi construída em 1703 para defender a cidade contra a invasão dos piratas. Recebeu o nome de Defensor Perpétuo em 1822, quando de sua reforma, em homenagem ao imperador D Pedro I.

Os antigos da cidade conhecem-na por "Santa Cruz dos Enforcados" e não passa por ela quando tarde da noite. Segundo se comenta, o sítio em que a cruz se localiza é antigo o caminho do Pelourinho, hoje rua Presidente Pedreira.
Oratório Cruz das Almas
A tradição oral diz que nela rezavam os condenados, antes de serem justiçados. Como muitos inocentes teriam pago por crimes que não cometeram, é crença popular que seja muito milagrosa.
Não é propriamente uma capela, mas quase simplesmente um altar aberto à beira da rua, erguido em alvenaria. Consta que toda promessa feita deve ser cumprida à risca, para que as almas não venham atormentar, à noite, o promitente faltoso. 











7 comentários:

  1. Gostei muito do blog e peço lhes que cadastrem meu contato para me manter atualizado ....
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  2. Vamos estudar seu conteúdo,pois estou gravando em Paraty neste 2o.semestre.

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  3. Excelente material. Parabéns desejo sucesso na vida profissional.

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  4. Obrigado por dividir seu conhecimento. Ainda não conheço Paraty, irei em breve. Vou guardar seu contato, levarei grupo.

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  5. A citada ¨Santa Cruz dos Enforcados",não está localizada no morro do forte e sim na rua Presidente Pedreira,citada na própria matéria. São locais bem diferentes.

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