O Escravo que virou Rei



  Chico Rei



 A Mina de Chico Rei foi uma das minas exploradas na cidade de Ouro Preto (à época, Vila Rica) durante o Ciclo do Ouro, no século XVIII. Seu dono era o Major Augusto, que na década de 1740 comprou um lote de escravos vindos da África, dentre os quais estava Chico Rei.
Diz-se que Chico Rei nasceu no Reino do Congo, na África, e lá era um monarca, guerreiro e sacerdote. Seu nome original era Galanga – o nome Chico veio com o batismo cristão.
Foi capturado pelos portugueses e veio preso com seus súditos, filhos e mulher, os últimos os quais morreram na travessia do Atlântico. Apenas um dos filhos sobreviveu.
Trabalhando na mina, Chico e o filho conseguiram comprar a carta de alforria. Diz-se que Chico Rei escondia o ouro da mina nos cabelos, e lavava-os na pia batismal para retirar o ouro, com acobertamento dos religiosos.
Major Augusto, no final de sua vida, vendeu a mina para Chico Rei, pois esta estava dando-lhe prejuízos. Os escravos, na verdade, estavam segurando o ouro na mina. Quando Chico Rei comprou-a, esta começou a prosperar – e foi com o ouro da mina que Chico pode comprar a carta de alforria para muitos outros escravos.
Chico e os escravos libertos criaram, nessa época, a primeira irmandade de negros de Vila Rica, a Irmandade de Santa Efigênia.  Ergueram também a Igreja Nossa Senhora do Rosário. Todos os escravos libertos chamavam Chico de “rei” – daí a origem de seu nome. A Mina de Chico Rei era conhecida como Mina da Encardideira, até sua redescoberta, em 1946, quando foi rebatizada por Dona Mariazinha, atual proprietária. Chico Rei se tornou uma figura lendária na história de Minas Gerais. Ele é considerado um dos símbolos da liberdade e da luta pelo direito dos negros durante no século do ouro.
O local possui 80 kilômetros quadrados, cinco andares, e uma galeria de 11.500 metros, que está sendo estudada e mapeada por estudantes de geologia. Os primeiros 50 metros da mina são abertos para visitação paga.

      

Na mina de Chico rei trabalhava 20 escravos durante mais ou menos 8 horas por dia,  a  mina era de difícil acesso, como não era um local arejado depois de um certo tempo o oxigênio acabava e os escravos começavam a morrer, para que eles não morressem sem oxigênio os escravos desenvolveram um jeito de se prevenir : Eles entravam na mina com um passarinho e os deixavam perto de onde eles trabalhavam, quando o passarinho morria eles sabiam que tinha acabado o oxigênio e saiam correndo para fora da mina. Na mina também havia locais para as crianças trabalharem.
       

       Mais detalhes vocês vão saber ao assistirem nosso vídeo, pois nele temos as explicações de nosso guia Hermes e as imagens que falam por si.





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